Trump congela tarifas contra México e Canadá: o que está em jogo na guerra comercial

10 de março de 2025by Larson Accounting
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O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a suspensão temporária da maioria das tarifas recentemente impostas ao México e ao Canadá. O congelamento, válido até 2 de abril, foi divulgado em sua rede Truth Social após conversa com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum. A Casa Branca confirmou que o Canadá também será beneficiado.

O USMCA, acordo que substituiu o antigo Nafta, é o principal regulador do comércio entre os três países. Antes da decisão de Trump, montadoras como General Motors, Stelantis e Ford solicitaram isenções para importar e exportar do México e do Canadá, obtendo um prazo de um mês de isenção tarifária.

O impacto das tarifas
Apesar dos recuos, Trump continua defendendo a política de tarifas sobre produtos importados. Em discurso ao Congresso, mencionou o Brasil como um potencial alvo, afirmando que o país “sempre usou tarifas contra os EUA”. O etanol brasileiro será taxado em 18% a partir de 2 de abril, enquanto o aço e alumínio serão tarifados em 25% a partir de 12 de março.

A ideia das tarifas recíprocas é cobrar taxas proporcionais às aplicadas contra os EUA. A China, por exemplo, teve tarifas elevadas para 20%, gerando retaliação por parte do governo chinês e canadense.

Trump justifica suas ações como resposta à entrada de imigrantes ilegais e ao envio de fentanil da China e do México para os EUA. Economistas alertam que tais medidas podem prejudicar empresas e consumidores, aumentando custos e gerando instabilidade no mercado.

O que são tarifas e por que Trump as defende?
As tarifas são impostos sobre bens importados, cobrados do importador. Se um carro custa US$ 50 mil e recebe uma tarifa de 25%, o importador pagará um extra de US$ 12,5 mil. Caso esses custos sejam repassados, os consumidores americanos sentirão o impacto nos preços.

Trump defende as tarifas como uma forma de proteger empregos americanos e estimular a produção nacional. Ele também argumenta que a indústria do aço é essencial para a segurança nacional, permitindo que os EUA produzam suas próprias armas em tempos de guerra.

O presidente ainda sugere que novas tarifas poderiam atingir os setores farmacêutico e de chips de computador, reforçando sua promessa de trazer indústrias de volta ao território americano.

A guerra comercial iniciada por Trump promete se intensificar em abril, com novas tarifas sobre diversos parceiros comerciais dos EUA. O desdobramento dessas medidas terá impactos significativos na economia global.

Fonte: BBC News Brasil

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