30 de setembro de 2024
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A partir de 2027, balanços vão ter que detalhar como estão seus gastos: do alto comando ao time operacional

Mudança à vista nos balanços das empresas brasileiras listadas nos Estados Unidos. Uma decisão recente promovida pelos reguladores do país determinou que todas as companhias abertas por lá passem a discriminar o custo com funcionários nas notas explicativas de seus gastos gerais e administrativos (SG&A, em inglês).

O objetivo, alega o Conselho de Normas de Contabilidade Financeira (FASB, em inglês), é fornecer mais transparência para os investidores sobre como as empresas estão lidando com seus gastos – e em quê. A decisão passa a valer nos documentos publicados em 2027 e a metodologia completa ainda deverá ser divulgada.

A decisão do FASB está longe de ser trivial. Órgão vinculado à Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC, também em inglês), é ele o responsável pela padronização GAAP (sigla em inglês para “Princípios Contábeis Geralmente Aceitos”) que se vê nos balanços divulgados nos Estados Unidos.

“É um tema um pouco espinhoso, mas o impacto mais objetivo é ter mais detalhes de dados que, normalmente, são reportados de forma genérica nos balanços”, aponta o analista Matheus Nascimento, da Levante. “A partir da mudança, as companhias vão ter que detalhar muito mais suas despesas comerciais e comissões – o que inclui os bônus pagos, por exemplo.”

O efeito para nós é que empresas brasileiras com capital aberto nos Estados Unidos, como Eletrobras, Sabesp, Petrobras, Itaú, Embraer, Gerdau, XP e Nubank, também precisarão falar sobre a remuneração de seus profissionais.

Segundo Nascimento, pode ser mais difícil explicar dados de empresas que têm dependência de estruturas comerciais mais complexas, como é o caso da XP, “que possui, além do time próprio, a parceria com os escritórios de investimento”.

Para o analista, a mudança deve dar algum trabalho adicional para a confecção dos balanços, dado o nível de detalhamento demandado. “Mas as empresas que possuem balanços saudáveis não deveriam se preocupar.”

Gigantes reclamam

A decisão não era o que algumas companhias queriam. O The Wall Street Journal mostrou que empresas como IBM e Apple, por exemplo, se manifestaram para o FASB contrários à medida – e foram ignoradas. A alegação é de que a mudança traria mais complexidade e gastos às companhias sem, efetivamente, fornecer uma informação que seja relevante para o investidor.

“É plausível a visão [das empresas] de que o nível de detalhe que vai ser gerado não trará tanta clareza para o investidor. Mas, apesar disso, a medida mostra como os reguladores estão ‘puxando’ as empresas para apresentarem informações que sejam mais específicas e comparáveis”, diz Sabrina Frizzo, líder do Centro de Excelência em Inovação e Sustentabilidade da EY Brasil, uma das “big four” da contabilidade.

A avaliação é que a mudança também deverá criar parâmetros (“benchmarks”) entre concorrentes do mesmo setor: qual a relação entre as despesas totais e a remuneração do time e qual a diferença entre o que o alto comando ganha para o time operacional são algumas das análises que podem vir a surgir.

“Nas últimas décadas, temos observado um descolamento muito grande entre o nível de compensação dos altos executivos para os funcionários não executivos. De um racional de 10 para 1 para algo acima de 100 para 1, a depender da indústria”, prossegue Sabrina Frizzo.

Oliver Kamakura, sócio de consultoria em gestão de pessoas também da EY, acrescenta que, se confirmada uma grande disparidade entre diretores e time, haverá pressão por práticas de remuneração mais equitativas e justas. “As empresas vão ter que revisar suas estratégias de atração e retenção de talentos a partir desses comparativos. Isso pode incluir a implementação de novos programas de benefícios que sejam competitivos com seus concorrentes.”

Transparência

É de consenso que o balanço patrimonial não é dos documentos mais sexys na visão das pessoas que acompanham o dia a dia da economia. Mas é nele que as empresas mostram as dores e as delícias de ser quem são, e a forma de remunerar seus funcionários também diz muito sobre isso.

Para os profissionais da EY, a decisão do FASB tem significativo impacto ESG – especialmente pela última letra, o G de “Governança” que, neste caso, pode ser entendida como “transparência”. “Ela vai impactar diretamente na forma como uma empresa gere a sua estratégia”, explica Sabrina Frizzo.

“É uma expectativa crescente por maior transparência das práticas empresariais, do ponto de vista de alocação. Em uma empresa em que o capital humano é o principal ativo, é natural ter a expectativa de um nível de remuneração maior do que de uma de commodities, por exemplo”, lembra Oliver Kamakura.

E no Brasil?

Para as empresas listadas no Brasil, que seguem as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS, em inglês), do Conselho Internacional de Normas Contábeis (IASB) – a versão internacional do FASB –, ainda não há nenhuma medida similar aprovada.

Procurada pelo InvestNews sobre seguir o modelo americano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira não se manifestou.

Por: InvestNews


16 de setembro de 2024
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Anos atrás, nossa CEO – Carol Larson,  cantou “The times they are a-changin’” – e essas palavras nunca foram tão verdadeiras quando falamos sobre o Employee Retention Credit (ERC). Nos últimos meses, ocorreram mudanças significativas que podem impactar diretamente sua empresa.
Aqui está o que você precisa saber.

Novas Medidas do IRS e Potenciais Mudanças Legais no ERC

  1. Programa de Divulgação Voluntária do IRS
    O IRS lançou recentemente um segundo Programa de Divulgação Voluntária, que permite às empresas devolverem 85% dos créditos de 2021 do ERC, sob condições específicas. No entanto, é importante lembrar que esse processo vem com restrições severas e sem direito a apelação. Ou seja, se sua empresa fez uso desse crédito, é crucial revisar sua posição com cuidado.
  2. Projeto de Lei H.R. 7024
    Um projeto de lei pendente no Senado – o H.R. 7024 – pode mudar drasticamente o panorama do ERC. Este projeto pretende aumentar as penalidades para promotores do ERC e estender o prazo de auditoria para seis anos. Isso pode impactar muitas empresas que ainda estão processando ou revisando suas reivindicações de crédito.
  3. Atrasos no Processamento de Reivindicações
    O IRS ainda está lidando com um acúmulo de mais de 1,4 milhão de reivindicações do ERC. Algumas empresas começaram a receber seus pagamentos, enquanto outras estão vendo suas solicitações serem negadas. Isso significa que, se você ainda está esperando uma resposta sobre seu pedido, é importante estar atento a possíveis atualizações.

Consequências para quem já aplicou o ERC
Se sua empresa aplicou para o Employee Retention Credit (ERC), é fundamental ficar atento às possíveis consequências das mudanças legislativas e dos novos esquemas de reavaliação do IRS. Caso você tenha recebido o ERC sem cumprir integralmente os requisitos, existe o risco de ter que devolver parte ou a totalidade dos créditos recebidos.

Para garantir que sua empresa esteja em conformidade e evitar complicações futuras, é essencial revisar sua situação com o apoio de especialistas.

Como a Larson pode ajudar?
Aqui na Larson Accounting, nossa equipe está preparada para auxiliar nossos clientes a navegarem por essas mudanças. Além de ajudar com suas declarações de impostos, oferecemos assessoria completa para revisar os créditos recebidos e guiá-lo através do programa de Divulgação Voluntária do IRS, se necessário.

Não espere até que seja tarde demais!
Entre em contato com nossa equipe para uma avaliação gratuita e veja como podemos ajudar você a se preparar para as mudanças no ERC.


20 de agosto de 2024
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A Receita Federal, as agências fiscais estaduais e os grupos do setor tributário esperam que haja força nos números e na coordenação ao combater os golpes.

A nova força-tarefa, chamada de Coalizão Contra Golpes e Ameaças de Esquemas, será um esforço conjunto para combater o crescimento de golpes e esquemas que ameaçam os contribuintes e os sistemas fiscais.

Convocada a pedido do Comissário do IRS Danny Werfel, a coalizão de agências fiscais federais e estaduais, empresas financeiras e de software e associações fiscais nacionais trabalhará para expandir o alcance e a educação sobre fraudes emergentes, desenvolver novas abordagens para identificar retornos potencialmente fraudulentos no momento do arquivamento e melhorar a infraestrutura.

“Faremos mais para trabalhar em estreita colaboração, compartilhar informações mais rapidamente, responder rapidamente a ameaças e alertar rapidamente o público sobre ameaças novas e emergentes”, disse Werfel. “Nosso objetivo é ter um efeito em massa neste problema em expansão que se espalha nas mídias sociais e através de maus atores.”

Outros participantes incluem agências fiscais estaduais representadas pela Federação de Administradores Fiscais, o Conselho para o Avanço da Comunicação de Receita Eletrônica, a Associação Nacional de Processadores Fiscais Computadorizados e a Coalizão Americana para os Direitos dos Contribuintes. Mais de 60 grupos do setor privado assinaram.

Durante a última temporada fiscal, o aumento dos golpes alavancava o Crédito Fiscal de Combustível, os impostos sobre o emprego doméstico e o Crédito de Licença Médica e Familiar. Outros esquemas continuam circulando nas mídias sociais.

O CASST trabalhará para implementar novas proteções arquivando a temporada 2025 e melhorar a capacidade de identificar e impedir golpes, incluindo a melhoria da validação do EFIN e do PTIN e de novas etapas para combater os preparadores fantasmas.

Por: Accounting Today


20 de agosto de 2024
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O número de casos de acesso não autorizado a dados de declaração de impostos na Receita Federal está se recuperando um pouco de uma alta em 2018, de acordo com uma avaliação recente do Inspetor Geral do Tesouro para Administração Tributária.

Em 2023, 125 casos de violação de Registros de Acesso Não Autorizado, Tentativa de Acesso ou Inspeção de Contribuintes dentro da Receita Federal foram registrados pela TIGTA. Em 2018, uma alta de 135 casos foi registrada. No ano seguinte, esse número caiu para 115 e tem subido lentamente nos anos seguintes.

No entanto, o número de casos em que as informações do contribuinte foram divulgadas permaneceu baixo desde 2018, quando 126 casos foram relatados. Esse número caiu em 2019 para 58 casos e permaneceu baixo. Em 2023, 46 casos foram relatados.

A TIGTA concordou em revisar como a Receita Federal concede acesso e protege as Informações Fiscais Federais em seus vários sistemas em resposta a um vazamento maciço que foi relatado em junho de 2021. A FTI inclui a identidade de um contribuinte, a natureza ou o valor de sua renda, deduções, isenções, ativos, passivos, patrimônio líquido ou imposto retido, entre outras coisas.

Em seus relatórios, a TIGTA fornece informações sobre casos de acesso não autorizado e a dificuldade em processar os casos, as questões sistemáticas relatadas anteriormente e os relatórios recentemente emitidos pela TIGTA e auditorias em andamento sobre essas questões.

Desde 2018, houve um total de 1.028 casos de violação da UNAX investigados pela TIGTA. Sessenta e dois por cento desses casos foram encaminhados, mas recusados para acusação, 37% nunca foram encaminhados para acusação e menos de 1% foram aceitos para acusação ou estão pendentes de determinação de acusação.

Por: Accounting Today


2 de julho de 2024
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Abrir uma empresa nos Estados Unidos pode parecer uma tarefa complexa, mas com o suporte certo, esse processo pode ser surpreendentemente simples e direto. A Larson Accounting Group está aqui para mostrar como é fácil transformar seu sonho empreendedor em realidade no ambiente empresarial norte-americano. Vamos explorar as etapas envolvidas e como a Larson Accounting Group pode facilitar cada uma delas.

1. Escolha da Estrutura da Empresa
A primeira decisão importante ao abrir uma empresa nos EUA é escolher a estrutura legal apropriada. As opções mais comuns incluem:

  • Sole Proprietorship (Empresário Individual): Simples de configurar, ideal para negócios individuais.
  • Partnership (Sociedade): Para empresas com dois ou mais proprietários.
  • Limited Liability Company (LLC): Combina flexibilidade operacional com proteção de responsabilidade limitada.
  • Corporation (Corp): Requer mais formalidades, mas oferece proteção robusta e vantagens fiscais.

A Larson Accounting Group auxilia na escolha da estrutura mais adequada ao seu tipo de negócio, levando em consideração fatores fiscais, legais e operacionais.

2. Registro da Empresa
Após a escolha da estrutura, o próximo passo é registrar sua empresa no estado onde você deseja operar. Cada estado tem requisitos específicos, mas, em geral, você precisará:

  • Escolher um nome para sua empresa.
  • Verificar a disponibilidade do nome e registrá-lo.
  • Preencher e enviar o certificado de constituição (Articles of Incorporation ou Articles of Organization).

A Larson Accounting Group cuida de todo o processo de registro, garantindo que todos os formulários sejam preenchidos corretamente e enviados dentro dos prazos.

3. Obtenção de Licenças e Permissões
Dependendo do tipo de negócio, pode ser necessário obter licenças e permissões específicas. Isso pode incluir licenças comerciais locais, estaduais ou federais, além de autorizações específicas para setores regulados, como alimentos e bebidas, saúde e serviços financeiros.

Nossa equipe experiente na Larson Accounting Group identifica todas as licenças necessárias para sua operação e lida com o processo de solicitação, permitindo que você se concentre no crescimento do seu negócio.

4. Obtenção de um Número de Identificação do Empregador (EIN)
O Número de Identificação do Empregador (EIN) é essencial para abrir contas bancárias comerciais, contratar funcionários e cumprir obrigações fiscais. A Larson Accounting Group ajuda na obtenção do EIN junto ao IRS (Internal Revenue Service), garantindo que você receba o número rapidamente e sem complicações.

5. Configuração da Contabilidade e Impostos
Manter uma contabilidade precisa e cumprir com as obrigações fiscais são cruciais para o sucesso de qualquer empresa. A Larson Accounting Group oferece:

  • Configuração de sistemas de contabilidade.
  • Serviços de contabilidade contínua.
  • Planejamento e preparação fiscal.
  • Conformidade regulatória.

Com nossa assistência, você terá a tranquilidade de saber que suas finanças estão em ordem e que você está cumprindo todas as obrigações legais.

6. Abertura de Conta Bancária Comercial
Para separar suas finanças pessoais das comerciais e facilitar as operações diárias, é essencial abrir uma conta bancária empresarial. A Larson Accounting Group fornece orientação sobre os melhores bancos e tipos de contas para suas necessidades específicas, além de auxiliar na preparação da documentação necessária.

7. Consultoria e Suporte Contínuo
Além de ajudar no processo inicial de abertura da empresa, a Larson Accounting Group oferece suporte contínuo para garantir que seu negócio continue a crescer e prosperar. Isso inclui consultoria estratégica, análise financeira e serviços de contabilidade contínua.

Por Que Escolher a Larson Accounting Group?

  • Experiência e Expertise: Anos de experiência em ajudar empreendedores a estabelecerem e expandirem seus negócios nos EUA.
  • Serviço Personalizado: Soluções personalizadas para atender às necessidades únicas de cada cliente.
  • Suporte Completo: Assistência em todas as etapas do processo, desde a formação inicial até o suporte contínuo.

Abrir uma empresa nos Estados Unidos é um passo emocionante e com o apoio da Larson Accounting Group, você pode navegar por este processo com confiança e facilidade. Entre em contato conosco hoje mesmo e dê o primeiro passo para o sucesso empresarial nos EUA!


25 de junho de 2024
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A Receita Federal mudou de focar suas auditorias nos contribuintes que ganham US$ 10 milhões ou mais para aqueles que ganham US$ 400.000 ou mais após a aprovação da Lei de Redução da Inflação, de acordo com um novo relatório.

relatório, divulgado na segunda-feira pelo Inspetor Geral do Tesouro para Administração Tributária, observou que, em 2020, o então secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, instruiu a Receita Federal a auditar um mínimo de 8% das declarações fiscais individuais arquivadas a cada ano com renda de US$ 10 milhões ou mais. A Receita Federal deveria atingir essa meta a partir das declarações fiscais de 2016, mas, por razões legais e de pessoal, começou com as declarações de impostos de 2018. A Receita Federal cumpriu essa diretiva por três anos, mas depois a agência parou porque as autoridades disseram que os exames eram improdutivos devido a uma alta taxa de não alteração. Em vez disso, eles mudaram seu foco para exames de indivíduos com renda de US$ 400.000 ou mais. Mais recentemente, a Receita Federal atualizou seu plano operacional estratégico para a Lei de Redução da Inflação de 2022 para concentrar mais suas auditorias em grandes parcerias e corporações, bem como em contribuintes de alta renda.

Em fevereiro de 2020, Mnuchin instruiu a Receita Federal a auditar pelo menos 8% de todas as declarações individuais de alta renda arquivadas a cada ano. Em março daquele ano, o comissário do IRS, Chuck Rettig, respondeu que alcançar a meta exigiria custos significativos, mas ele concordou em cumprir, especificando um nível total de renda positiva de US$ 10 milhões ou mais para selecionar retornos. Em agosto de 2022, o Congresso promulgou a Lei de Redução da Inflação, que em parte visava financiar a Receita Federal para que pudesse examinar mais contribuintes de alta renda. Em uma diretiva de agosto de 2022 à Receita Federal, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que nenhum financiamento da Lei de Redução da Inflação deve ser usado para aumentar a taxa de auditoria dos contribuintes com renda abaixo de US$ 400.000. Isso efetivamente baixou o limite.

A TIGTA descobriu que a Receita Federal cumpriu a Diretiva do Tesouro de 2020 por três anos fiscais, mas parou de monitorá-la no final do ano fiscal de 2023. Um executivo da Receita Federal disse à TIGTA em dezembro de 2022 que a Diretiva do Tesouro de 2020 não seria mais seguida porque as auditorias eram improdutivas e tinham altas taxas de não alteração. A Receita Federal disse que estava embarcando em uma abordagem diferente, com foco no cumprimento da Diretiva do Tesouro de 2022.

Em fevereiro de 2023, os executivos do IRS informaram à TIGTA que o IRS continuaria a auditar retornos individuais de alta renda com renda positiva total de US$ 10 milhões ou mais, mas não teria como objetivo alcançar a taxa de auditoria de 8% no futuro. Os executivos da Receita Federal disseram naquela época que consideravam a Diretiva do Tesouro de 2020 obsoleta. Os executivos explicaram que o novo foco da Receita Federal seria a conformidade com a Diretiva do Tesouro de 2022 para expandir os exames de indivíduos com renda de US$ 400.000 ou mais. Em novembro de 2023, a Divisão SB/SE informou à TIGTA que não geraria mais o Relatório de Monitoramento da Taxa de Auditoria de US$10 milhões em toda a agência e que o último relatório preparado foi até o final do ano fiscal de 2023. Portanto, a Receita Federal não monitora mais se atendeu ou precisa processar exames adicionais para atender à meta de taxa de auditoria de 8% estabelecida pela Diretiva do Tesouro de 2020 para indivíduos de alta renda com renda positiva total de US$ 10 milhões ou mais.

A TIGTA descobriu que muitos dos retornos examinados sob a Diretiva do Tesouro de 2020 eram produtivos, mas isso dependia de qual função da Receita Federal realizou os exames e quais métodos de seleção de casos foram usados. Os exames fechados da Divisão de Pequenas Empresas/Autônomos das declarações individuais dos contribuintes com renda de US$ 10 milhões ou mais, nos anos fiscais de 2016 a 2021, foram geralmente mais produtivos do que as faixas de renda abaixo de US$ 10 milhões. Essas faixas de renda mais altas renderam quatro vezes mais dólares avaliados por retorno e o dobro de dólares avaliados por hora quando comparados aos exames de retornos com renda de US$ 400.000 a menos de US$ 10 milhões.

Por outro lado, os métodos de seleção de casos de Grandes Empresas e Divisão Internacional da Receita Federal que estavam em vigor antes da Diretiva do Tesouro de 2020 resultaram em melhores métricas de produtividade quando comparados aos resultados posteriores. Por exemplo, a taxa de não alteração aumentou ao comparar os anos fiscais pré-diretivos (anos fiscais de 2016 a 2017) com os anos fiscais pós-diretivo (anos fiscais de 2018 a 2020).

A TIGTA também descobriu que alguns dos custos de oportunidade que a Receita Federal identificou no início da Diretiva do Tesouro de 2020 foram superestimados por 190 exames de grandes e médias empresas.

A TIGTA fez duas recomendações no relatório. Sugeriu que a Receita Federal inclua uma categoria separada para contribuintes com renda positiva total de US$ 10 milhões ou mais ao avaliar a conformidade de contribuintes individuais de alta renda para uma iniciativa do plano operacional estratégico da Receita Federal, a fim de rastrear e analisar a produtividade dos exames nesses retornos individuais de alta renda em comparação com os exames de contribuintes em outros níveis de renda. Também recomendou que a Receita Federal identificasse as possíveis causas por trás dos resultados do exame de baixa produtividade da Divisão de Grandes Empresas e Internacionais e monitorasse as medidas para que os retornos mais produtivos fossem selecionados para exame.

A Receita Federal concordou parcialmente com ambas as recomendações do relatório e disse que já categoriza e monitora medidas de produtividade para contribuintes de alta renda e alta rica, incluindo aqueles com renda positiva total de US$ 10 milhões ou mais. A Receita Federal disse que identificaria as possíveis causas para os resultados do exame de baixa produtividade e usaria dados e análises aprimorados para selecionar casos com base no maior risco de não conformidade.

“O IRA forneceu financiamento muito necessário para a Receita Federal fazer cumprir as leis fiscais contra aqueles indivíduos ricos, grandes corporações e grandes parcerias complexas que hoje não pagam o que devem”, escreveu Lia Colbert, comissária da Divisão de Pequenas Empresas/Autônomos do IRS, em resposta ao relatório. “A Receita Federal não usará recursos do IRA para aumentar as auditorias para pequenas empresas e contribuintes que ganham menos de US$ 400.000. Assim, a Receita Federal está se concentrando em contribuintes de alta renda e alta riqueza, incluindo aqueles que relatam US$ 10 milhões ou mais, para garantir que essa população de contribuintes pague o que deve.”

Ela observou que a Receita Federal recuperou US$ 520 milhões a partir de janeiro de 2024 de contribuintes com mais de US$ 1 milhão em renda que não declararam seus impostos ou não pagaram suas dívidas fiscais.

Por: AccountingToday


7 de junho de 2024
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Nos últimos anos, a força de trabalho global testemunhou uma mudança significativa em direção ao trabalho remoto e ao surgimento de nômades digitais — indivíduos que trabalham inteiramente pela internet enquanto viajam e não têm local de trabalho fixo. Como muitos países estão reconhecendo essa tendência crescente, a solução — o visto nômade digital — está aumentando em popularidade. O visto, oferecido sob nomes variados, está atualmente disponível em mais de 70 países.

Embora a obtenção de um visto nômade digital cuide da exigência de imigração para entrar e trabalhar em um país por um período específico, geralmente não alivia o indivíduo do imposto de renda ou da exposição à Previdência Social, ou o empregador das considerações da folha de pagamento.

É muito mais simples de obter do que um visto de negócios tradicional, de acordo com Richard Leach, CPA e diretor da Global Tax Network. “Um visto de negócios leva tempo, e há muitos obstáculos para pular”, disse ele. “É como uma luz de visto de negócios. O processo é mais barato e há muito menos restrições sobre quem é elegível. Você tem que mostrar uma certa quantia de dinheiro ou renda e, com base no visto, você pode ficar e trabalhar legalmente no país pelo tempo especificado.”

Embora o visto resolva a questão da imigração, ele não necessariamente cuida da questão tributária, de acordo com Leach. “Apenas 12 países atualmente anexam uma isenção fiscal ao visto”, disse ele. “Estes incluem Croácia, Equador e Grécia. Mas a maioria dos países que oferecem vistos nômades digitais não alivia a carga tributária. É a exceção à regra.”

“Eles normalmente cobram algumas centenas de dólares pelo visto, e depois há um requisito de renda, muitas vezes em torno de US$ 2.000 a US$ 3.000 por mês. São 600 euros por mês na França. Normalmente, o valor é o que você precisaria para se qualificar para US$ 30.000 por ano. Esse é um limite de renda relativamente baixo.”

Muitos não percebem que são obrigados a pagar impostos no país em que vivem, de acordo com Leach.

“E alguns países têm um requisito de imposto retido na fonte. Por exemplo, a Argentina assume que 70% da sua renda é da Argentina, então eles esperam reter esse valor todos os meses se você tiver funcionários”, disse ele. “As pessoas tendem a ficar animadas com a liberdade que têm e a facilidade de obter o visto, mas ignoram a exigência de retenção, além do fato de que precisam apresentar uma declaração de imposto de renda. Há complexidades de conformidade das quais eles simplesmente não estão cientes.”

Leach, ex-diretor administrativo da KPMG em Denver, onde liderou a linha global de serviços fiscais de mobilidade, disse que recebe ligações frequentes dos departamentos de RH quando um funcionário planeja trabalhar remotamente em outro condado com o visto de nômade digital.

“Meu conselho para funcionários remotos — e seus empregadores — é proceder com cautela”, disse ele. “Eles não devem solicitar o visto só porque terão uma isenção fiscal. Eles podem ou não, mas esse não deve ser o ponto. E, criticamente, eles não querem criar o status de ‘estabelecimento permanente’, o que exporia os lucros da empresa dos EUA a impostos no país remoto.”

Por: Roger Russell
Senior Editor, Accounting Today


5 de junho de 2024
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A Receita Federal anunciou hoje que atingiu outro marco fundamental no trabalho de transformação da agência com a Ferramenta de Upload de Documentos aceitando sua submissão de um milhão de contribuintes.

O uso da Ferramenta de Upload de Documentos, às vezes referida como DUT, continua a crescer. Durante os primeiros seis meses deste ano fiscal, mais de 265.000 contribuintes usaram a ferramenta, e o número continua a crescer a cada mês.

Inicialmente lançada em 2021 em um formato limitado e muito expandida em 2023 com financiamento da Lei de Redução da Inflação (IRA), a ferramenta oferece aos contribuintes e profissionais fiscais a opção de responder digitalmente aos avisos elegíveis do IRS, fazendo o upload com segurança dos documentos necessários on-line através do IRS.gov. Para qualquer pessoa com um smartphone ou computador, isso significa que responder aos avisos da Receita Federal agora é muitas vezes tão fácil quanto digitalizar os documentos necessários e enviá-los para a agência tributária.

“A Ferramenta de Upload de Documentos é uma parte fundamental de nossa ambiciosa iniciativa de transformar a Receita Federal em uma agência praticamente sem papel, e continuamos a ver um maior uso disso pelos contribuintes”, disse o Comissário do IRS Danny Werfel. “Esta ferramenta economiza tempo para os contribuintes e ajuda os funcionários da Receita Federal a processar as respostas de forma mais rápida e eficiente. Um número crescente de contribuintes está usando seus smartphones ou computadores para digitalizar e fazer upload de suas respostas à correspondência do IRS, em vez da opção mais demorada de escrever uma carta ou enviar documentos.”

A Ferramenta de Upload de Documentos também mostrou um crescimento constante ao longo do tempo. Desde 2022, o uso médio mensal do DUT mais do que dobrou a cada ano, de cerca de 16.000 em 2022, para cerca de 37.000 em 2023 e, finalmente, quase 84.000 até agora em 2024. As submissões de documentos cobrem uma ampla gama de questões fiscais, incluindo a resposta ao Aviso CP2000 do IRS, onde a agência notifica os contribuintes sobre renda potencialmente subnotificada.

A Receita Federal recebe cerca de 76 milhões de declarações e formulários de impostos em papel, bem como 125 milhões de correspondência, respostas de aviso e formulários não fiscais a cada ano. No passado, a capacidade limitada da agência de aceitar esses formulários digitalmente ou digitalizar o papel adicionou etapas demoradas que criaram desafios para contribuintes, profissionais fiscais e funcionários da Receita Federal. Durante décadas, a única opção disponível era fazer com que os contribuintes ou seus representantes enviassem ou enviassem por fax esses documentos para a agência tributária.

A Receita Federal estima que mais de 94% dos contribuintes individuais terão a opção de não ter mais que enviar correspondência para a Receita Federal, potencialmente substituindo até 125 milhões de documentos em papel por ano, aliviando a carga de papelada para eles e para a Receita Federal.

A equipe de líderes da Receita Federal que supervisionou a ampla expansão do DUT do ano passado agora é finalista do Samuel J. de 2024. Medalhas Heyman Service to America. Conhecido como os Sammies, o Samuel J. As Medalhas Heyman Service to America são consideradas os “Oscars” do serviço público.

Para saber mais sobre a Ferramenta de Upload de Documentos, visite IRS.gov/dut.

Fonte: IRS-2024-155, 5 de junho de 2024


28 de maio de 2024
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A Receita Federal disse na quarta-feira que estenderá seu programa Free File até outubro de 2029, permitindo que o software de impostos gratuitos de fornecedores terceirizados permaneça disponível, mesmo que a Receita Federal tenha realizado um teste de alto perfil nesta temporada de impostos de seu próprio software fiscal gratuito em uma dúzia de estados e possa expandi-lo no próximo ano.

A Receita Federal assinou um acordo de extensão de cinco anos com o consórcio Free File Inc. de fornecedores de preparação de impostos. O Free File experimentou um aumento de cerca de 200.000 declarações fiscais arquivadas através do programa, atingindo 2,9 milhões de retornos a partir de 11 de maio, um aumento de 7,3% em relação aos 2,7 milhões arquivados no mesmo período do ano passado. Isso é muito mais do que o próprio programa piloto de Arquivo Direto da Receita Federal, que atraiu 140.803 contribuintes, de acordo com a Receita Federal. No entanto, o programa Direct File estava disponível apenas em 12 estados e só funcionaria com certos tipos de renda, principalmente renda W-2, mas não com economia de gig ou renda de investimento relatada em formulários 1099. Suportava apenas a dedução padrão, não a discriminação.

O Free File também tem algumas limitações. Os contribuintes precisavam ter uma renda bruta ajustada de US$ 79.000 ou menos em 2023, embora aqueles com um AGI acima de US$ 79.000 pudessem usar os Formulários Preenchíveis de Arquivo Gratuitos do IRS, que são semelhantes ao preenchimento de formulários PDF.

Oito parceiros do setor privado Free File forneceram software de impostos on-line este ano através do Free File: 1040Now, Drake (1040.com), ezTaxReturn.com, FileYourTaxes.com, On-Line Taxes, TaxAct, TaxHawk (FreeTaxUSA) e TaxSlayer. No entanto, os dois líderes de mercado TurboTax e H&R Block da Intuit não participam mais do Free File.

Ao contrário do Direct File, que fechou em meados de abril, o Free File permanecerá aberto até 15 de outubro para os contribuintes que apresentaram uma extensão.

“O Free File continua sendo uma parte importante do portfólio da Receita Federal para ajudar os contribuintes a declarar seus impostos gratuitamente”, disse o Comissário da Receita Federal Danny Werfel em um comunicado na quinta-feira. “Ficamos satisfeitos em ver o crescimento do programa este ano, e estamos ansiosos para continuar essa importante colaboração com a indústria de software tributário. O Free File fez parte de uma temporada de arquivamento bem-sucedida na Receita Federal que viu um aumento do interesse em uma série de programas gratuitos para ajudar os contribuintes.”

A Receita Federal também relatou um aumento na atividade em declarações fiscais gratuitas em seus sites de Assistência Voluntária ao Imposto de Renda e Aconselhamento Fiscal para Idosos, com 2,6 milhões de devoluções preparadas nos sites VITA e TCE, um aumento de 200.000 retornos em comparação com um ano atrás.

Por: Michael Cohn
Editor-Chefe, AccountingToday


23 de maio de 2024
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A receita fiscal da cidade de Nova York gerada pelos turistas ultrapassou os níveis pré-pandemia, já que um salto nos visitantes dos EUA ajudou a compensar uma queda nas viagens internacionais e de negócios.

No ano passado, 62,2 milhões de pessoas visitaram a Big Apple, disse o controlador estadual Thomas DiNapoli em um relatório divulgado na quinta-feira. Embora isso tenha uma queda de 66,6 milhões em 2019, espera-se que esses turistas gerem um recorde de US$ 4,9 bilhões em vendas e outras receitas fiscais relacionadas ao turismo no ano fiscal atual, um salto de 16% em relação a 2020 impulsionado em parte pelo aumento dos preços dos quartos de hotel e outros serviços.

O surto de COVID-19 que começou no início de 2020 paralisou a maior cidade dos EUA, matando milhares de residentes, devastando o mercado de escritórios e varejo e estimulando muitos a fugir para os subúrbios e outros estados. A cidade tem feito uma recuperação econômica lenta, mas constante, com os visitantes retornando aos shows da Broadway, museus e outros destinos.

As autoridades de turismo esperavam superar os níveis pré-pandemia este ano, mas um retorno mais lento do que o esperado de viajantes internacionais os forçou a adiar a previsão para 2025, quando a cidade espera receber 68 milhões de visitantes, disse DiNapoli.

“A recuperação completa da indústria não estará completa até que vejamos um retorno completo de viajantes internacionais e de negócios”, disse DiNapoli. “Nossos líderes municipais e estaduais precisam se concentrar em manter Nova York um destino desejável e seguro para indivíduos e famílias de todo o mundo.”

Os visitantes internacionais representam cerca de 20% dos visitantes anuais da cidade. Em 2020, com restrições de viagem afetando muitos países, seus números caíram 82,2% para 2,4 milhões, liderados por uma queda no número de turistas da China, onde o vírus se originou. Desde então, isso se recuperou para 11,6 milhões no ano passado, mas ainda caiu 14,1% em relação a antes da pandemia.

Os viajantes domésticos, por outro lado, lideraram o rebote. Os 50,6 milhões de visitantes dos EUA no ano passado foram 7% maiores do que em 2022.

As viagens de negócios, tanto nacionais quanto internacionais, se recuperaram mais lentamente do que o lazer, descobriu o relatório. Caiu para 400.000 em 2021 de 3,4 milhões em 2019, mas desde então subiu para cerca de 2,3 milhões.

Além disso, a indústria do turismo de Nova York em geral ainda caiu 10,4%, ou cerca de 30.000 empregos, em relação a antes da pandemia, disse DiNapoli.

Mesmo com a lenta recuperação, Nova York continua sendo o principal destino turístico dos EUA, com 33 milhões de visitantes noturnos em 2023, à frente de Las Vegas (26 milhões) e Los Angeles (21 milhões).

Por: Mark Schoifet